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São Paulo, 28/08/2025
Na terceira semana de agosto, o Rio de Janeiro sediou a Rio Climate Action Week (RCAW) , uma iniciativa da UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O evento reuniu especialistas, representantes da sociedade civil e instituições parceiras para discutir ações frente às mudanças climáticas no contexto brasileiro, servindo como espaço preparatório para as negociações da COP 30.
No dia 27 de agosto aconteceu o evento O papel da agricultura tropical regenerativa na transformação da agricultura e dos sistemas alimentares” e o professor Fábio Marques, da FDC Agroambiental, participou do painel “Os desafios e oportunidades internos para escalar a liderança brasileira”. Ao seu lado estiveram o professor Ricardo Abramovay (INCT – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) e Carolle Alarcon (Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura), com moderação de Renata Miranda (IICA – Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura).
Em sua intervenção, o professor Fábio apresentou prioridades para a implementação da NDC brasileira no setor agropecuário, fruto de um ciclo de três workshops conduzidos pela FDC, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade, entre abril e agosto de 2025, que contou com a participação de mais de 55 organizações do setor. Ele destacou, ainda, que está em elaboração um documento sistematizando as contribuições do agronegócio para a Nova NDC, a ser entregue ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Esse material consolidará recomendações debatidas durante os dois primeiros workshops, dedicados às medidas prioritárias para a implementação da NDC no contexto das práticas agropecuárias.
As propostas do documento estão organizadas em macroáreas de ação:
• melhoria de métricas e indicadores;
• medidas prioritárias de mitigação;
• desenvolvimento de uma agenda público-privada de pesquisa e inovação;
• meios de implementação compatíveis com a realidade brasileira;
Um dos pontos de destaque nos debates foi a necessidade de intensificar as ações internacionais de advocacy do Brasil, diante do desafio de adaptar métricas e regras corporativas globais ao contexto tropical. Fábio enfatizou que sem essa adequação à realidade brasileira, dificilmente o Brasil conseguirá alcançar as metas de emissões estabelecidas para o País.